quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A TRANSFORMAÇÃO DE ANNA NOBILI


Anna Nobili é uma jovem ainda. Aos 38 anos, ensina "dança sacra", como ela própria a denomina, a jovens da sua diocese de Palestrina, uma cidadezinha a cerca de 35 Km de Roma.

Entrou para a Congregação das Irmãs Operárias da Santa Casa de Nazareth e fez os votos no final do ano passado.
Nada de mais , não tivesse ela sido, durante vinte anos, uma rapariga de clubes de stripdançando no varão e vendendo arte e corpo. "Antes, dançava sobre cubos e fazia lap dance para homens que queriam apenas o meu corpo, estava a desperdiçar a vida em boates transgressivas, fazendo sexo sem amor, que procurava como uma droga", afirmou em entrevista recente ao jornal La Repubblica .

Na mesma entrevista, a religiosa compara a sua história à de muitas outras moças. Diz que teve uma infância violenta e sem amor. Seus pais divorciaram-se quando era pequena e, aos 13 anos, foi viver sozinha para Milão.

"Procurei a felicidade nas luzes do palco e da noite. Os homens gostavam de mim. Descobri a dança, e isso foi um meio para fazer conquistas", afirmou.

"La suora" conta que teve uma espécie de iluminação, depois de tentar mudar de vida várias vezes, inclusive por meio do budismo.

"Fiz uma intimação a Deus: se Tu estás aqui, deves dizê-lo pessoalmente, sem intermediários", contou ela, afirmando também que a sua conversão ocorreu ao visitar a Basílica de São Francisco e Santa Clara, em Assisi. Diante da basílica, a irmã Anna surpreendeu-se com as cores do céu, sentiu a presença de Deus e começou a dançar diante das pessoas.

De volta a Milão, no combóio, olhou-se no espelho das casas-de-banho e não se reconheceu.

Conta que ainda dançou como profissional de boîte mais uma noite e, depois, desistiu.

A antiga Anna Nobili

Aos poucos, fez as pazes com o pai e começou toda uma vida nova, num "processo de purificação".
Entrou para Congregação e o bispo de Palestrina ofereceu-lhe um espaço no convento para que ela pudesse ensinar passos de dança aos jovens da diocese.
A Irmã Anna define o tipo de dança que faz e ensina agora como "holy dance" (ou dança sacra). "Agora, danço para Deus, e os meus passos e as coreografias são-lhe dedicadas".

Com o seu grupo de alunos, que se chama "Grupo de dança litúrgica Holy Dance", apresentou-se em uma das principais basílicas de Roma, a Santa Cruz em Jerusalém, perante alguns convidados do topo da hierarquia da Igreja, como o arcebispo Gianfranco Ravasi, responsável doDepartamento Cultural do Vaticano.

Segundo a tradição, nesta igreja, uma das mais antigas de Roma, estão guardadas relíquias da cruz onde Jesus Cristo morreu.

O grupo dançou diante de bispos e cardeais uma "coreografia mística", cujo titulo é "Jesus, luz do mundo", inspirada no evangelho segundo São João.

O caminho da conversão ao catolicismo e a decisão de se tornar freira não foram fáceis, segundo a religiosa. "Foi um caminho longo e sofrido", disse a irmã Anna.

Curiosa, esta história de uma mulher que, continuando a fazer da dança a sua paixão e actividade principal, se colocou agora ao serviço daquilo em que acredita.

Hoje,  em lugar de um homem, dança em volta de uma cruz de Cristo!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Dança Litúrgica



Falaremos sobre um tema interessante para o processo de inculturação da liturgia despertado pelo Episcopado Latino-Americano em Santo Domingo (SD 1, 30, 35, 43, 151, 248 e 249): a dança litúrgica. Pela encarnação de Deus em nossa história, em Jesus de Nazaré, o corpo tornou-se “sacramento de Deus” e, na liturgia, o corpo humano deve encontrar lugar para expressar essa sua sacramentalidade. A liturgia, assim, está repleta de posturas e gestos corporais, que realizados com decoro e simplicidade, expressam seus significados divinos (Sacrosanctum Concilium, nº 30; Instrução Geral sobre o Missal Romano, nº 42; CNBB, Documento 43 sobre a Animação da Vida Litúrgica no Brasil, nº 83).

A tradição judaica sempre expressou a ação de graças e o louvor a Deus através de cantos e danças (Sl 68, 4; Sl 149, 3; Sl 150, 3; Êx 15, 20; Dt 16, 13-15; 2Sm 6, 1-20; 1Cr 13, 7-8.15, 16-29). A tradição cristã encontrou, sobretudo nos primeiros séculos (época patrística), uma profunda resistência à dança dada ao paralelismo com as práticas do culto pagão do Império Romano e à influência do dualismo da filosofia platônica, que concebia o corpo como cadeia na qual a alma estava presa. Segundo o liturgista Jacques Trudel, por muitos séculos a dança foi condenada pelo cristianismo, sobretudo, “pelos excessos a que conduzia, como: sensualidade, indecências, perda de controle e, em certos casos, transe”.
O Concílio Vaticano II devolveu à própria liturgia sua compreensão como “exercício do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sensíveis, é significada e, de modo peculiar a cada sinal, realizada a santificação do homem...” (Sacrosanctum Concilium, nº 07). Assim, o sinal sensível (o corpo que dança embalado pelo ritmo da música) deve expressar e realizar a santificação humana, pois “como celebrar nossa libertação plena em Jesus Cristo (Gl 5,1) sem liberar antes de tudo nosso corpo através da dança?” (CNBB, A Música Litúrgica no Brasil, Estudos 79 da CNBB, nº 217).
Contudo, é preciso que apresentemos aqui uma diferenciação entre dança litúrgica e dança na liturgia. São coisas distintas! Quando no ato litúrgico é introduzida uma dança que está fora do contexto celebrado, dança-se “na” liturgia, e não “a” liturgia (CNBB, A Música Litúrgica no Brasil, Estudos 79 da CNBB, nº 210). Certa vez presenciei uma bailarina, na liturgia da Palavra, entrar com a Bíblia. Depois de caminhar toda a igreja na ponta dos pés, apresentou a Bíblia e recebendo palmas, inclinou-se agradecendo os aplausos. Guardou a Bíblia na sacristia e, em seguida, o leitor fez a proclamação da leitura de um folheto, e não da Bíblia. Foi o maior exemplo de dança “na” liturgia que presenciei.
A dança litúrgica não é um elemento ornamental ou decorativo, divertimento, distração ou adendo introduzido na liturgia, mas faz parte da oração comunitária da Igreja com a função própria de ajudar a assembléia a entrar em contato com o mistério celebrado, bem como ser expressão desse mistério. Certa vez participei duma Celebração Penitencial Sacramental presidida por um bispo, no Seminário de Liturgia da CNBB sobre o Sacramento da Reconciliação. Nessa celebração, no momento ritual de “Ação de Graças pelo perdão recebido”, após a confissão dos pecados e absolvição, cantávamos e dançávamos (com incenso nas mãos) ao redor de uma grande cruz de madeira, adornada com flores e cinco velas acesas que nos lembravam as chagas gloriosas de Cristo. Bispos, presbíteros, diáconos e leigos participantes comentávamos que saímos daquela celebração exultantes de alegria e realmente convictos que fomos perdoados por Deus. Que experiência forte de Deus nós fizemos!
Para os grandes defensores da sobriedade do rito romano e para os que podem pensar que isso tudo pode parecer ser pouco “romano”, vejamos o que diz a Congregação para o Culto Divino: “em certos povos, o canto é instintivamente acompanhado do bater de mãos, de movimentos ritmados e de passos de dança dos participantes. Tais formas de expressão corporal podem ter lugar na ação litúrgica desses povos, na condição de serem sempre expressão de uma verdadeira e comum oração de adoração, de louvor, de oferta ou e súplica e não mero espetáculo” (4º Instrução da Congregação para o Culto Divino, A Liturgia Romana e a Inculturação, nº 42). Até o ritual brasileiro do Batismo de Criança, aprovado pela mesma Congregação, aconselha as danças litúrgicas: “pode-se também trazer até a fonte do batismo a água acompanhada com cantos e danças” (RBC, nº 64).
Não está excluída a possibilidade de uma ou várias pessoas exercerem o ministério da dança, atuando sozinhas ou em grupo em alguns momentos da celebração. No entanto, movimentos e passos simples podem ser realizados por toda a comunidade, evitando que a dança se torne uma exibição para uma platéia. Considerando o calendário da Igreja com suas festas e solenidades, os tempos litúrgicos e sua espiritualidade, bem como cada momento ritual, seja programado nas Celebrações Eucarísticas ou em outros momentos oportunos a “Dança Litúrgica” na procissão de abertura, hino de louvor, salmo responsorial, aclamação ao Evangelho, procissão das oferendas, Santo ou na ação de graças depois da comunhão, etc. Contudo, vale conhecer o que atesta o bispo responsável pelas celebrações pontifícias: “O Papa é favorável às adaptações litúrgicas que têm sentido... Por exemplo, quando recentemente fomos ao Brasil, percebi que os brasileiros têm em suas tradições movimentos corporais. Pedi ao bispo que preparasse alguma coisa. O bispo queria fazer a procissão com a Bíblia no começo da liturgia da Palavra. Refleti com ele que aquilo tinha sentido numa celebração da Palavra. Mas na Eucaristia, já há uma procissão que é a do Evangelho... Também estranho que certos animadores de celebrações (principalmente na América Latina) pedem ao povo que agitem bandeiras e gritem. Não se distingue bem uma celebração e um ato folclórico. Mas isso parece o estilo dessas regiões” (Monsenhor Martini, em entrevista à Revista Celébrer).
Para concluir, vale lembrar o que diz a CNBB: “não se trata, então, de dar receitas de danças litúrgicas, mas de incentivar uma busca de fidelidade e coerência que nos leve aos poucos com a sabedoria e o equilíbrio do amor e da verdade a resgatar o ‘corpo’, como mediação universal, e a ‘dança’, como instauradora de harmonia entre espírito (alma) e corpo no indivíduo; entre pessoa e comunidade; entre o mundo visível e o invisível” (CNBB, A Música Litúrgica no Brasil, Estudos 79 da CNBB, nº 216).

Padre Kleber F. Danelon é articulador da Equipe Diocesana de Assessoria Litúrgica e Pároco da Paróquia Divino Pai Eterno, em Piracicaba.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A força redendotara da beleza



Achei fantástico esse texto e acho importante compartilhar com vocês:

O papa Bento XVI recebeu recentemente 260 artistas do mundo inteiro na mágica Capela Sistina, no Vaticano. O pianista brasileiro Alvaro Siviero esteve ao lado de personalidades como o compositor italiano Ennio Morricone, o arquiteto americano Daniel Libeskind, o cantor Andrea Bocelli, o diretor de cinema britânico Peter Greenaway, a pianista canadense Angela Hewitt, o arquite suiço Mario Botta, o escultor Igos mitoraj, o cineasta russo Andrei Tarkovsky e a escritora italiana Susanna Tamaro.
Bento XVI, brilhante intelectual e um apaixonado pela música, defendeu o papel da arte como instrumento redentor. "É preciso construir um novo humanismo", disse o papa em discurso repleto de citações de personalidades como Michelangelo e Herman Hesse.
"Graças ao seu talento, vocês tem a possibilidade de falar ao coração da humaninadade, de tocar a sensibilidade individual e coletiva, de suscitar sonhos e esperanças", sublinhou o pontífice.
Dostoiévki coloca nos lábios de Dimitri Karamazov uma certeira definição do drama humano tal como Bento XVI o vê: "A beleza é uma coisa terrível e espantosa. É o duelo do diabo e de Deus, sendo o coração humano o campo de batalha". O papa também acredita que o mundo será salvo pela beleza.

Iniciativas, inúmeras, quase anônimas e cimentadas na força da solidariedade, comprovam o papel redentor da arte. Basta pensar, por exemplo, no magnífico trablho de resgate social desenvolvido pela Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Favelas, frequentemente, ocupam a crônica policial. A música, no entanto, transportou Heliópolis para as páginas de cultura. O consagrado maestro da Orquestra Filarmônica de Israel,  Zubin Mehta, vislumbrou em Heliópolis, uma imensa favela cravada no coração de São Paulo, um canteiro de talentos. Jovens, abandonados pelos governos e teoricamente predestinados a uma vida de crime, drogas, prostituição, miséria e dor, encontram na arte o passaporte para o resgate da dignidade e esperança.
 A beleza é revolucionária e transformadora. Por isso, Bento XVI enfatizou que "uma função essencial da verdadeira beleza, já evidenciada por  Platão, consiste em comunicar ao homem uma espécie de choque que o faz sair de si mesmo, o arranca da resignação, da acomodação do cotidiano, e o faz até mesmo sofrer, como um dardo qeu o fere, mas precisamente por isso o desperta, abrindo-lhe novamente os olhos do coração e da mente, dando-lhe asas, impulsuinando-o em diração ao alto".
O encontro do papa com os artistas mostra que a arte, a beleza, a grandeza humana mereciam maior destaque."Vocês são guardiões da beleza", disse Bento XVI aos artistas.

Fonte:  O Popular - Carlos Alberto DiFranco

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Dicas de Maquiagem


Ai vai algumas dicas de maquiagem:



·  A distância entre a platéia e o palco geralmente prejudica a visão de nossas expressões faciais. Numa apresentação de dança, a expressão é importantíssima, como forma de "passar" qualquer sentimento ao espectador. A maquiagem de palco existe para isso e também para outros casos, quando pode chegar até a fazer parte do figurino (vestimentas). Por isso, damos aqui algumas dicas de como fazer uma maquiagem básica, mas que dará um excelente resultado:
· É importante, além de aprender, utilizar material de qualidade. A intenção da maquiagem de palco é abrir os olhos e realçar a expressão. Por isso, para cada tipo de olho (puxado, amendoado, redondo, caído) existe uma maquiagem ideal. Procure saber a forma mais adequada de fazer a sua maquiagem. E lembre-se que a prática irá aperfeiçoar sua maquiagem!
1. Espalhe pancake ou base (do tom da sua pele) por todo o rosto. Cuidado para o pescoço e o colo não ficarem com a cor diferente.
2. Contorne os olhos pelo lado de fora da pálpebra com um lápis ou delineador preto. O traço de cima nunca se encontra com o de baixo, e nos cantos de fora dos olhos alongue os dois traços paralelamente.
3. Passe a sombra colorida logo acima da pálpebra, passando o pincel de dentro para fora (no sentido do nariz para as orelhas). O colorido da sombra não deve ficar apenas acima dos olhos, mas deve alongar-se um pouquinho para os cantos de fora. (Ver desenho)
4. Entre as sobrancelhas e a sombra colorida, passe uma camada de sombra branca, espalhando no mesmo sentido.
Todas as formas de se alongar os cílios são válidas (curvex, cílios postiços, etc.) O rímel é obrigatório!
5. O blush deve ser passado na diagonal boca-alto da orelha. Para isso, faça bico com a boca como quem vai dar um beijo, e onde a bochecha ficar funda passe o blush. Sempre de dentro para fora.
6. Se a sua sobrancelha for muito rala ou curta, aumente-a com um lápis preto ou marrom. Lembre-se que a sobrancelha no palco deve ser realmente longa, estendendo-se além dos olhos. Nunca alongue a sobrancelha para baixo, pois você fica com cara de choro!
7. O batom também é imprescindível. Tons escuros como marrom, vinho ou roxo podem deixar a boca preta no palco, quando a luz azul é refletida.
8. Um traço de lápis branco na parte de dentro da pálpebra inferior valoriza e abre o olhar


Deve se  usar  maquiagem para dançar, pois valoriza suas expressões faciais.


fonte: http://www.balletolindasaul.com.br

Feira da Solidariedade 2009

Ministério Face  coreografia Vento Impetuoso Ministério Louvar t

domingo, 6 de dezembro de 2009

Feira da Solidariedade 2009


               Ministério Face e Ministério Louvar t

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Atrite-se



Ninguém muda ninguém;
ninguém muda sozinho;
nós mudamos nos encontros.



Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros,
desde que estejamos abertos e livres
para sermos impactados
pela idéia e sentimento do outro.
Você já viu a diferença que há entre as pedras
que estão na nascente de um rio,
e as pedras que estão em sua foz?



As pedras na nascente são toscas,
pontiagudas, cheias de arestas.
À medida que elas vão sendo carregadas
pelo rio, sofrendo a ação da água
e se atritando com as outras pedras,
ao longo de muitos anos,
elas vão sendo polidas, desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.



A observação mais importante é constatar
que não existem sentimentos, bons ou ruins,
sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela vida sem se permitir
um relacionamento próximo com o outro,
é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência
com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.



Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser
várias marcas de pessoas extremamente importantes.
Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles, a vida seria monótona, árida.



Faz parte...
Reveses momentâneos servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.



Penso que existe algo mais profundo,
ainda nessa análise.
Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos.
Os seres de grande valor,
percebem que ao final da vida,
foram perdendo todos os excessos
que formavam suas arestas,
se aproximando cada vez mais de sua essência,
e ficando cada vez menores, menores, menores...
Quando finalmente aceitamos
que somos pequenos, ínfimos,
dada a compreensão da existência
e importância do outro,
e principalmente da grandeza de DEUS,
é que finalmente nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira
de excesso para chegar ao seu âmago.
É lá que está o verdadeiro valor...
Pois, DEUS fez a cada um de nós com um âmago bem forte
e muito parecido com o diamante bruto,
constituído de muitos elementos,
mas essencialmente de AMOR.
DEUS deu a cada um de nós essa capacidade,
a de AMAR...
Mas temos que aprender como.
Para chegarmos a esse âmago,
temos que nos permitir,
através dos relacionamentos,
ir desbastando todos os excessos
que nos impedem de usá-lo,
de fazê-lo brilhar.
Por muito tempo em minha vida acreditei
que amar significava evitar sentimentos ruins.



Não entendia que ferir e ser ferido,
ter e provocar raiva,
ignorar e ser ignorado
faz parte da construção do aprendizado do amor.
Não compreendia que se aprende a amar
sentindo todos esses sentimentos contraditórios e...
os superando.



Ora, esses sentimentos simplesmente
não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: ATRITE-SE!
Não existe outra forma de descobrir o AMOR.
E sem ele a VIDA não tem significado.



Nós como artistas que somos, temos a sensibilidade a flor da pele, então é necessário a todo instante buscar refinar os nossos relacionamentos.
Grande beijo a todos.


 
Kamilla Porto - Coordenadora Ministério Face

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Volta para casa...todos muito cansados rssss!

Depois postaremos os vídeos das coreografia ministradas,aguardem!

Eles vão nos matar kkkkkkkkkkk... por colocar essa fotinha básica kkkkkkk






Momento dos Compadres na Fé foi muito bom! Eles são muito divertidos, todo mundo gostou muito!
Ainda na ida a Van deu um probleminha, rs paramos e esperamos alguns minutos para seguir viagem...
Momento de descontração e pausa pra algumas fotos!
Olha o probleminha ai gente!

Uma carona kkkkk!!


Ministério Face como irmão Compadres na Fé

Missão em Brasília


Olá irmãos! A missão em Brasília foi maravilhosa, meio cansativa, pois fomos e voltamos, tipo bate e volta rsss...
Vamos postar algumas fotos contando um pouco, o quanto foi maravilhoso!

sábado, 28 de novembro de 2009

PÉS NA ESTRADA


Oi irmão, estou aqui para comunicar que hoje vamos colocar os pés na estrada.
Sairemos hoje às 14:00 horas em direção a Brasília para uma missão, no Congresso Nacional dos Franciscanos, então peço a intercessão de todos e que toda a vontade de Deus possa acontecer!
Ore pra que tudo saia bem, que possamos ter uma viagem tranqüila. Na volta iremos postar tudo que se passou por lá !

Beijos !

Paula Graciele
MINISTÉRIO FACE

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Retratos de um bailarino - testemunho


Achei importante compartilhar esse testemunho com vocês, de uma pessoa muito especial pra nós, alguém que nunca vai deixar de ser Face e com quem aprendemos muito. Hoje ela não está dançando conosco, mas continua presente em nossos corações. Nós te amamos Rita.

Olá! Meu nome é Rita de Cássia Alencar. Tenho vinte e nove anos, sou católica, casada há sete anos com o André e mãe de dois filhos, o Gabriel de 10 anos e o João Pedro de 4 anos. Graças a Deus, amo dançar e descobri que posso usar a dança não só pra me realizar como pessoa mas como um instrumento de adoração ao meu Deus e como forma de evangelizar os outros, ou seja, de levar as pessoas a ter uma experiência viva com o amor de Deus.
Há mais ou menos dois anos recebi do Senhor, a graça de conhecer o Ministério Face e, desde então, Deus tem me revelado que a dança dentro da Igreja é um mover do próprio Espírito Santo, que nos permite adorar nosso Deus com nosso corpo, nossa alma e com todo o nosso ser, como nos ensina o primeiro mandamento da Lei de Deus, e adorar nosso Deus em espírito e em verdade (João 4,23).
A minha veia artística nasceu comigo, acredito que só pode ser um dom de Deus. Lembro-me quando minha vovó materna, D. Ana Safira, queria fazer um teatrinho das pastorinhas, do qual ela participava na terra dela (Pirenópolis) quando pequena. Ela falava pra todo mundo mas ninguém dava atenção, então ficávamos nós duas fazendo os passinhos (E olha que minha querida vovó só tinha dez por cento de visão e também não ouvia muito bem!). Outra coisa que me deixou grandes lembranças foi a maneira que aprendi a dançar bolero e forró com meu pai. Aos cinco anos, subia em seus pés, e em pouco tempo já tinha pegado os ritmos e dançava com ele em todas as festas que a gente ia.
O meu grande sonho era fazer aula de dança. Sonho que só realizei aos onze anos, quando fui estudar no Colégio Santa Clara. Nunca me esqueci, do dia que disseram que eu podia escolher entre fazer esportes ou dançar, não pensei duas vezes. Porém minha grande emoção foi entrar pela primeira vez na sala de dança do colégio e ver os espelhos e a professora que ia me dar aula. Imaginem minha empolgação quando ganhei minha primeira roupa de dança (o maiô, a sainha, a meia calça sem pé e a sapatilha)! Daí em diante me sentia realizada, dançava nas apresentações da escola, fazia as aulas que sempre sonhei. Aos quatorze anos tive a oportunidade de fazer ballet também, no Centro Cultural Gustavo Ritter, depois fui estudar na Escola Técnica Federal de Goiás onde tive a chance de fazer um pouquinho de Dança Contemporânea.
Mas como nem tudo são rosas, tive meus problemas familiares e de adolescência. Meus hormônios estavam a flor da pele e isso influenciava muito o meu dançar. Comecei a me interessar por festas e namorados que não estavam nenhum pouco interessados em minha arte, mas desejavam mesmo era o meu corpo. A dança me tornava popular, admirada. Onde eu dançava sempre se abria uma rodinha pra me verem dançar, e eu nunca saia de uma festa sem um pretendente ou alguém que quisesse me conhecer. Só que eu não percebia que isso não me ajudava em nada como pessoa e além do mais, destruia a minha arte. Por outro lado, a dança me protegeu de entrar em contato com drogas e bebidas alcoólicas, pois eu me envolvia tanto em dançar que não queria saber de mais nada, a não ser namorar um pouquinho no final das festas. Isso seria vergonhoso de dizer, se Deus não tivesse mudado meu modo de pensar e agir.
Hoje sou uma mulher, sou muito bem casada, tenho a graça de ser mãe e estou apredendo a cada dia a ver a dança de uma maneira pura, sem as manchas que o mundo tem oferecido pra fazer da arte algo profano, que nos afasta de Deus. Eu entendi que eu não preciso ficar sem dançar, mas eu posso fazer do meu dançar uma grande entrega a Deus, um momento de exaltar e adorar um Deus que me ama como sou, frágil, humana, no entanto, alguém com um grande desejo de acertar e fazer tudo para a honra e glória do Senhor.
Durante esses dois anos de convivência com o Ministério Face, vivemos inúmeras experiências de cura, libertação, adoração e conversão. Tenho aprendido que pra Deus não há distinção quanto a idade, desde que exista abertura de coração e força de vontade. Eu já me achei, muitas vezes, incapaz de dançar porque me sentia velha pra estar no meio dos irmãos do ministério e por perceber que as pessoas que estão de fora, geralmente, veêm a dança como uma arte feita apenas para os jovens. A dança exige esforço físico é claro, mas os limites a serem ultrapassados estão muito mais dentro de nós, em nosso pensar, em nosso sentir e em nosso agir. Eu tive que me afastar em vários momentos do ministério por causa do cuidado com a minha família, de enfermidades, do meu emprego e de conflitos dentro do meu coração. Entretanto, diante de tudo isso, percebi que o dom de dançar nunca vai me deixar. É algo muito forte que está selado em mim pela vontade de Deus. E a grandeza dos meus irmãos de ministério em entender todo esse processo foi de fundamental importância para o nosso crescimento espiritual e humano juntos. Mesmo estando há um certo tempo sem dançar, nunca deixei de fazer parte dessa comunidade de irmãos que sonham em resplandecer a face de Cristo através da arte, adorando a Deus com o nosso dançar.

Rita de Cássia Alencar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009



Por que fazer aula se posso dançar com o Espírito Santo?



TÉCNICA está ligada a excelência, fazer com técnica quer dizer fazer com excelência com afinidades, nós temos o propósito de resgatar , restaurar a arte , trazendo de volta os seus verdadeiros valores e propósitos ao qual foi criada, temos que ter o mínimo de conhecimento de causa, ou seja temos que mostrar intimidade, aptidão e excelência em tudo o que fizermos, pois ninguém restaura coisa alguma se não conhecer minuciosamente o que está sendo restaurado. Jesus quando foi construir o tabernáculo, ele não chamou qualquer pessoa, ele separou aqueles que possuíam técnica para realizar atividade específica ao qual ele designou. A técnica é sim necessária.



UNÇÃO: é indispensável, isso é uma questão de prioridade, pois se a nossa arte é para Deus e se ela fala de Deus, temos que manifestar sua presença em nós e conseqüentemente em tudo o que fizermos, caso contrário , o nosso trabalho artístico fica em igualdade ao trabalho feito secularmente.

Quando Davi tocava, a presença de Deus se manifestava. Davi tocava porque tinha a técnica, a presença de Deus se manifestava porque ele tinha a unção.

É necessário fazer aula , ensaiar, crescer, desenvolver e aprimorar a cada dia o seu conhecimento artístico, mas deve se ter a consciência que tudo isso sem a presença de Deus, não faz a mínima diferença Se o nosso trabalho fala de Deus e é para Ele, vamos usar uma expressão radical "devemos por obrigação " ter unção porque essa é a marca registrada de que Deus se faz presente, se agrada, é o "Seu" selo sobre o nosso trabalho, porque esta é a única diferença entre a nossa arte e a arte do mundo , porque a arte em si mesma não possui diferencial, mas pra quem fazemos e como fazemos nos diferencia da arte secular.

A técnica aliada à unção se transforma em poder. Saul era liberto dos demônios quando Davi tocava. Nesse sentido podemos dizer que o fazer com aptidão (técnica) aliada à unção produz: cura, milagres, restauração e manifestações sobrenaturais.



Sendo assim, precisamos ter:



TÉCNICA: demonstrando excelência, pois Deus é excelente. "Mas o nobre projeta coisas nobres, e na sua nobreza perseverará". Is 32-8



UNÇÃO: Para que aja um diferencial entre a arte feita no mundo e a arte feita para Deus, para que a Graça de Deus toque a vida das pessoas e não somente seja um trabalho excelente , mas seja algo que mude, transforme e inunde a vida daqueles que contemplam o trabalho executado.



É preciso nos diferenciar e assumir a postura de profetas do Senhor, não é porque estamos dançando na Igreja que devemos fazer de qualquer forma. O que temos visto, são os rótulos criados ao ministério de dança, como “dançinha de Igreja”, “gesteiros”, “animadores” entre outros, chegou a hora de darmos um basta a isso com sabedoria e toda a autoridade que o Senhor nos dá, tomar o nosso lugar de adoradores e evangelizadores. Mas para isso é necessário ter conteúdo, ter profundidade, vida de oração e responsabilidade. Assim como qualquer outro ministério, é preciso que o dom seja refinado todos os dias e que o melhor seja oferecido ao Senhor!!!



Vamos tomar posse da profecia do Senhor para os Ministérios de Dança de Goiás: Nós somos profetas e seremos instrumentos fortes de evangelização nas mãos do Senhor.



Kamilla Porto

Ministério Face

quarta-feira, 4 de novembro de 2009



Dança - Um doce mover do Espírito Santo

Dança, o Espírito de Deus tem feito uso desta forma de expressão corporal para honrar e glorificar ao Todo Poderoso. E, quando esta adoração é externada com temor e amor, o nosso espírito alegra-se profundamente ao contemplá-la.
A infidelidade, incredulidade e a conseqüente falta de santidade de muitos bailarinos, impossibilitam o mover do Espírito Santo, resultando em ministrações desprovidas da verdadeira unção que alimenta a alma. Para saírem desta situação, lançam mão, copiando, toda sorte de movimento. Esquecem que é o Espírito de Deus que derrama o óleo e estas práticas desprovidas de unção, são inconsistentes, sem valor diante de Deus.
Se houver aprovação do Senhor quanto à existência de um ministério de dança, alguns pontos devem ser observados pelos ministros:
1- Amor de Deus
A nossa condição de servos obriga-nos a sermos desprovidos de vontade própria e sujeitos ao domínio integral do Senhor Deus. Isto significa: Primeiro a vontade de Deus e em segundo plano em conformidade com os princípios divinos, o nosso querer.

2- Temor a Deus: Coração sábio
Temor a Deus significa que devemos possuir sentimento de reverência e respeito, ao contrário do que pensam alguns, ao associar temor a medo. É inconcebível que vidas impuras, desprovidas de santidade possam tomar lugar no desempenho da obra do Senhor.
As pessoas que deveriam ser adoradores tornam-se “dançarinos”, ávidos pelos elogios, sentem prazer quando são glorificados por fazerem bem as coreografias.
3- Santos e puros
A exemplo de Paulo, somos chamados a fazermos a obra do Senhor Deus, em diversas áreas no Reino. Separados para a honra e glória do Senhor.
A oportunidade de comungarmos as mesmas idéias do Senhor. Quando isto é uma realidade, a nossa alegria é glorificá-Lo com os nossos atos.
Você é ungido a adorar através da dança. Faça isto com perfeição, com satisfação e com todas as tuas forças, para que o Senhor veja e aprove, recebendo como aroma suave a tua adoração. Não permita que a carne sobressaia e queira ouvir dos irmãos palavras afáveis; não tome a glória do Senhor para si. Três passos básicos essenciais para a dança na Igreja:
1- Consagração: Dançar se entregando de corpo e alma a Deus.
2- Obediência: Devemos obediência a Deus primeiramente.
3- Santidade: se não soubermos executá-lo, não veremos a Deus.

Não devemos dançar para Deus, mas sim com Deus!

terça-feira, 27 de outubro de 2009




PONTOS IMPORTANTES NA ANIMAÇÃO:



Contagiar as pessoas com muita alegria;
Não desanimar mesmo que o cansaço físico seja grande;
Tomar muita água e fazer uma alimentação balanceada, com frutas, massa e fibras;
Não utilizar no figurino blusas curtas que ficam subindo, nem calças justas demais, e nada que não se encaixe direito com as medidas do corpo;
No caso das mulheres utilizar sempre por baixo das camisetas, um colan e dos homens não usar camisetas muito curtas demais ou coladas;
Procurar criar um figurino que alegre, colorido, despojado e divertido;
A maquiagem das mulheres deve ser bem discreta, mas não se deve deixar de maquiar;
Para as mulheres nada de brincos grandes, pulseiras, colares ou anel. É permitido no máximo um brinco pequeno;
O cabelo das mulheres deve ser bem preso, não pode estar caindo no rosto e não pode atrapalhar no momento da dança e o caso dos homens pode ser utilizado bonés ou gel;
Nunca usar sandálias ou sapatos e sim tênis de preferência com amortecedor para diminuir o impacto;
O olhar na animação é muito importante, pois as pessoas que verem sentirão através dele vontade também de dançar, de louvar e de serem livres;
É preciso haver uma interação muito grande com o animador, para ajuda-lo e não atrapalhar. Procurar sentir a realidade do animador e assim poder saber de que forma deverá ajuda-lo;
É necessário ter a capacidade de improvisação e prestar muita atenção na música que o ministério está tocando, pois pode ser repetido um refrão que não estava planejado ou se cortar alguma parte que existia. O momento da animação vai de acordo com a realidade do público;
É muito importante apesar de toda a alegria, estar concentrado no que está acontecendo e no que se vai fazer para não errar, mas se houver um erro, tomar cuidado para não demonstrar na expressão fácil;
Deve-se ser o mais natural possível e nunca tirar o sorriso do rosto;
Tomar muito cuidado com os movimentos que se faz com o corpo para não fazer nada sensual e com as expressões faciais;
Naturalidade e espontaneidade são muito importantes;
É sempre bom fazer escalas entre as pessoas que irão dançar, primeiro para não cansar e sobrecarregar um integrante demais e também para haver organização no grupo. Para cada parte da animação defini-se um coordenador, que caso haja a necessidade de improviso, essa pessoa elegida pelo grupo será responsável por criar passos fáceis para as estrofes e refrão, sem fazer muitas mudanças de um para o outro;
É muito importante haver unidade e respeito dentro do grupo e sobretudo muita humildade, deixar que Deus conduza, não querer aparecer mais que os outros, mas deixar que a face de Cristo apareça.
Fazer tudo com reta intenção, com muita ousadia e determinação. Mesmo que sejam movimentos simples, fazer com perfeição e muita força e vontade;
Enfim dançar na animação requer humildade, reta intenção, vontade, responsabilidade, alegria e muita oração, pois estaremos a frente do ministério de música e seremos mais atacados.
A oração em um encontro é o que irá dizer se ele foi bom ou não, se houve frutos ou não, mas a animação é o batalhão de frente, é a primeira experiência que as pessoas irão ter com o encontro, portanto não pode ser levado com empolgação, mas com muita responsabilidade;




Ministério Face

A face de Cristo resplandecendo através da arte.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Dança na Igreja






Jesus nos deu uma ordem: "Ide e pregai o Evangelho", é para isto que devemos usar as nossas habilidades.

A dança é para expressar, louvar e adorar a Deus e impactar o mundo com nossa expressão corporal chamando-o para o reino. "Porque fostes comprados por alto preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo" (I Coríntios 6:20).

Dançar é definido como uma manifestação instintiva do ser humano. Antes de polir a pedra e construir abrigos, os homens já se movimentavam ritmicamente para se aquecer e comunicar.
Considerada a mais antiga das artes, a dança é também a única que dispensa materiais e ferramentas. Ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função
Dança, em sentido geral, é a arte de mover o corpo seguindo uma certa relação entre tempo e espaço, estabelecida graças a um ritmo e a uma composição coreográfica.

Toda vez que nos colocamos perante a Igreja para ministrar com dança, é como se nosso coração tivesse uma expectativa de saber como Deus irá receber o nosso louvor. Cada vez que entramos na presença do Senhor, tudo parece novo e sua presença sempre nos traz coisas novas.

Devemos lembrar também que há um grande mover de Deus nas artes nesses últimos tempos, com a restauração da espontaneidade e expressividade no meio da Igreja. A expressão do nosso coração nos dá a oportunidade de chegarmos a Deus com todo o nosso ser, com tudo o que temos e o que somos, afinal somos livres pela graça de Jesus!

Uma condição essencial e obrigatória para o ato da adoração é a santidade. Não há nada que agrade tanto o coração do Pai do que uma adoração sincera, verdadeira e pura. A dança também pode expressar este tipo de adoração.

Muitas vezes não entendemos que Deus criou todas as coisas, e não "só algumas" e todas as coisas são para o reino Dele. Às vezes costumamos limitar a presença de Deus em nosso meio achando que Ele se manifesta da maneira como pensamos ou queremos. Assim impomos situações e criamos preconceitos, sem saber que Deus pode receber o nosso louvor independente da arte que está sendo utilizada (música, dança, mímica, teatro etc).

A dança é uma possibilidade de linguagem. Na Bíblia podemos encontrar inúmeras citações sobre a dança usada para o louvor e nos momentos de celebrações. O povo de Deus, no Antigo Testamento, por exemplo, dançava em suas festas com expressão de júbilo e agradecimento diante do Senhor. No livro de Samuel podemos observar que Davi adorava a Deus com todas as suas "forças" e é assim que temos que adorar a Deus, com todas as nossas forças. Foi o mesmo Davi que dançou e saltitou alegremente quando a Arca chegava em Jerusalém.

Comunidade Católica Shalom

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

"MÚSICA E ARTES" É o novo nome do ministério das ARTES

Bom, quando houve essa mudança do nome do Ministério das Artes, para mim ficou ainda mais claro que as ministrações das outras artes ainda estavam caminhando em passos de formiguinha. Refleti muito sobre isso e concordo com o Luiz Carvalho quando ele diz que a música é essencial no grupo de oração, mas o que discordo é o fato dele afirmar que “é difícil ministrar com as outras artes dentro do grupo de oração”. A nossa Igreja ainda precisa ser livre, as pessoas ainda estão cheias de respeito humano e muitas vezes não utilizam a expressão corporal. Através da dança é possível realizar momentos profundos de cura interior, adoração espontânea e clamor no Espírito, o erro está em pensar que essas artes só podem ser utilizadas em momentos especiais para expressar algo de forma mais forte. A dança não surgiu para ser apresentada, para ser vista como espetáculo, nos primórdios ela era feita para adorar deuses, antigamente só os homens dançavam, os cultos em Israel eram com danças, os levitas dançaram, Davi dançou diante da do Senhor, Miriam dançou em expressão de alegria quando o povo foi libertado. É preciso resgatar a arte para o Senhor. A dança não representa somente expressões de alegria, pode ser utilizada para expressar dor, angústia, sacrifício, súplica e muitos outros sentimentos e é uma forma de tirar do nosso interior aquilo que nós não conseguimos expressar com palavras. Como diz em Jeremias – Os velhos, as virgens, as crianças irão se alegrar na dança. Esta é uma profecia! Quando as pessoas forem livres o bastante para adorarem com todo o seu ser, de corpo e alma, aí sim estará próxima a vinda do Senhor

Ainda é pequeno na nossa Igreja expressões de adoração espontânea com danças, as pessoas ainda não compreendem, ainda vêem a dança como espetáculo, como apresentação e se esquecem que também podem ministrar. Existem aqueles que receberam o dom e que são ungidos para ministrar com a dança, mas todos podem dançar, sem preconceito, sem técnica, mas da forma que o Espírito inspirar.

Não é querendo puxar sardinha para o meu lado, mas acho que esses outros ministérios ainda sofrem muito pois não existe da Igreja um incentivo a presença de profissionais de dança e teatro para formar outros ministros. Muitas vezes quem dança no meio secular por exemplo, acaba não assumindo nada na Igreja, porque não há este incentivo. Quando existe um ministério de dança, a técnica é importante, porque não dá pra fazer de qualquer jeito para Deus, temos que dar a excelência. Agora imaginem a técnica com unção, aí iria arrebentar, teríamos tremendos instrumentos de Deus. Nesse mundo em que vivemos, com tanta coisa ruim acontecendo, o povo está sedento de beleza e através da arte, podemos resgatar muitas almas para o Senhor.

Que Deus possa refinar nossa arte e nos fazer ousados para adorar ao Senhor!!!

“Sentar-se para fundir e purificar a prata: purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o outro e a prata; então eles serão para o Senhor como aqueles que apresentarão as ofertas como convêm.” Ml.3,3

Kamilla Porto

Ministério Face