segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A força redendotara da beleza



Achei fantástico esse texto e acho importante compartilhar com vocês:

O papa Bento XVI recebeu recentemente 260 artistas do mundo inteiro na mágica Capela Sistina, no Vaticano. O pianista brasileiro Alvaro Siviero esteve ao lado de personalidades como o compositor italiano Ennio Morricone, o arquiteto americano Daniel Libeskind, o cantor Andrea Bocelli, o diretor de cinema britânico Peter Greenaway, a pianista canadense Angela Hewitt, o arquite suiço Mario Botta, o escultor Igos mitoraj, o cineasta russo Andrei Tarkovsky e a escritora italiana Susanna Tamaro.
Bento XVI, brilhante intelectual e um apaixonado pela música, defendeu o papel da arte como instrumento redentor. "É preciso construir um novo humanismo", disse o papa em discurso repleto de citações de personalidades como Michelangelo e Herman Hesse.
"Graças ao seu talento, vocês tem a possibilidade de falar ao coração da humaninadade, de tocar a sensibilidade individual e coletiva, de suscitar sonhos e esperanças", sublinhou o pontífice.
Dostoiévki coloca nos lábios de Dimitri Karamazov uma certeira definição do drama humano tal como Bento XVI o vê: "A beleza é uma coisa terrível e espantosa. É o duelo do diabo e de Deus, sendo o coração humano o campo de batalha". O papa também acredita que o mundo será salvo pela beleza.

Iniciativas, inúmeras, quase anônimas e cimentadas na força da solidariedade, comprovam o papel redentor da arte. Basta pensar, por exemplo, no magnífico trablho de resgate social desenvolvido pela Orquestra Sinfônica de Heliópolis. Favelas, frequentemente, ocupam a crônica policial. A música, no entanto, transportou Heliópolis para as páginas de cultura. O consagrado maestro da Orquestra Filarmônica de Israel,  Zubin Mehta, vislumbrou em Heliópolis, uma imensa favela cravada no coração de São Paulo, um canteiro de talentos. Jovens, abandonados pelos governos e teoricamente predestinados a uma vida de crime, drogas, prostituição, miséria e dor, encontram na arte o passaporte para o resgate da dignidade e esperança.
 A beleza é revolucionária e transformadora. Por isso, Bento XVI enfatizou que "uma função essencial da verdadeira beleza, já evidenciada por  Platão, consiste em comunicar ao homem uma espécie de choque que o faz sair de si mesmo, o arranca da resignação, da acomodação do cotidiano, e o faz até mesmo sofrer, como um dardo qeu o fere, mas precisamente por isso o desperta, abrindo-lhe novamente os olhos do coração e da mente, dando-lhe asas, impulsuinando-o em diração ao alto".
O encontro do papa com os artistas mostra que a arte, a beleza, a grandeza humana mereciam maior destaque."Vocês são guardiões da beleza", disse Bento XVI aos artistas.

Fonte:  O Popular - Carlos Alberto DiFranco

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