terça-feira, 2 de novembro de 2010

A centelha divina

Toda leitura propõe visões do mundo. A idéia que fazemos do mundo, passa pela gama de conhecimentos que detemos, pelo acúmulo de experiências vividas e sentidas, passa pela criticidade adquirida. Assim sendo, nada mais enriquecedor do que viver, viver e sentir. São essas leituras que nos dão a dimensão do mundo, daquilo que somos, do que queremos para nós e o que queremos proporcionar aos outros. Nada melhor para a compreensão e mensuração desse universo do que a arte em todas as suas nuances, com todas as suas linguagens, com o todo o  estranhamento que nos possa causar.

Este ano foi bem diferente para o Ministério Face, foi um ano em que passamos a nos conhecer melhor, em que procuramos buscar o máximo de formação que conseguíamos, em que nossas maiores experiências foram entre nós mesmos, dentro do minstério, através dos momentos que vivíamos em nossos encontros. Foi um ano de poucas missões, mas de muitas transformações internamente e exteriormente. Nós podemos enxergar melhor quem somos e o que Deus quer de nós, a responsabilidade que temos enquanto ministros de dança e formadores. Nós perserveramos, em um momento de deserto para muitos ministros de arte e procuramos entender tudo aquilo que Deus quer de nós. Neste ano pessoas se foram, mas muitas outras chegaram e trouxeram com elas o mesmo desejo ardente de servir a Deus com toda simplicidade e força que sempre buscamos. Nossos encontros tem sido diferentes e bem planejados, com uma sequência, com profundidade e com todos esses questionamentos que arte propõe, com todo o desejo de conhecermos a nós mesmos e a reconhecer a presença de Deus em nós.
Estamos fazendo uma experiência de redescobrirmos os sentidos e através de cada um deles, colocar Deus para guiá-los, utilizar nosso corpo verdadeiramente como instrumento nas mãos do Senhor. Reconhecer que através de um toque, de um olhar, de um sentir e de um ouvir nós podemos nos aprofundar ainda mais no nosso dançar, reconhecer que o corpo é templo da beleza, é templo do Espírito Santo e que temos este tesouro em vasos de barro, para enterdermos que a graça é divina e não vem de nós.

Nos nossos encontros, em cada alongamento, aula de condicionamento físico, cada coreografia montada, nós procuramos dar o sentido daquele que verdadeiramente é o autor de toda essa criação, nós procuramos viver uma experiência única
.
Nesse final de semana nós, tivemos uma missão numa festa de um grupo de jovens e montamos uma sequência coreográfica totalmente diferente do que estamos acostumadas, bem simples, mas bastante rica, na busca de percebermos o outro, de concentração, disciplina, criatividade para exaltar o Senhor nos momentos de improvisação e para sobretudo desenvolver em nós a capacidade de criação que temos, de reconhecermos que experimentamos da centelha divina do Senhor, este dom tão maravilhoso da criação e que precisamos honrar!
É muito bom viver o novo que o Senhor tem nos proporcionado, como tudo que é novo nos causa uma certa estranheza inicial, mas como eu disse no começo o que aprenderíamos sem as experiênias vividas? A arte tem esse dom, ela nos faz experimentar e a dança mais ainda, pois nos leva com todo o nosso ser físico e espiritual a provar e a sentir essa experiência. 

Obrigada Senhor por tudo que temos aprendido, por todo crescimento e amadurecimento. Sei que o Senhor está nos preparando para algo ainda muito maior!!! E queremos estar  prontas para Teus planos!!!

Kamilla Porto
Coordenadora Ministério Face

Nenhum comentário:

Postar um comentário